O cerrado é a segunda maior formação vegetal do Brasil. Sua
ocupação original, antes de ser devastada, ocupava uma área aproximada de 2
milhões de km², atualmente restam apenas 20% desse total. É o bioma que mais
sofreu impacto em razão da ocupação humana.
Formado por tipos
fitofisionômicos característicos de regiões tropicais: cerradão, cerrado limpo,
cerrado sujo, campo rupestre, veredas e matas ciliares, abriga plantas arbóreas
de aparência seca com caules retorcidos e revestidos por casca espessa, entre
outras espécies de arbustos e gramíneas.
O clima desse
ecossistema é bem regular, caracterizado por duas estações climáticas bem
definidas: verão chuvoso e inverno seco. Por esse motivo e em virtude da
profundidade do solo e do lençol freático, o sistema radicular passou por
adaptação e se desenvolveu para uma maior captação de água.
Estima-se que esse bioma, com tamanha riqueza biológica,
apresente uma biodiversidade com mais de 10 mil espécies de vegetais, além de
uma fauna bem distinta e exótica, com 837 espécies de aves e 161 de mamíferos.
No entanto, todo esse espetáculo de vida, onde muitos
imaginam o oposto, vem sendo seriamente afetado pela caça predatória, o
comércio ilegal de animais, a intensa atividade garimpeira e o desmatamento com
fins econômicos voltados para a pecuária extensiva e agricultura mecanizada,
restringindo o cerrado a parques e reservas.
Por Krukemberghe Fonseca
Graduado em Biologia
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